Por defecto:
Perfurações no campo escolar: atravessamentos sobre liberdade, felicidade e amizade
Última modificación: 2019-07-24
Resumen
O campo da educação escolar no Brasil, sob a égide do momento e da governamentalidadeneoliberal, apresenta elevado índice de abandono por jovens que cursam o ensino médio,como demonstrado, no ano de 2017, por organismos brasileiros – Instituto Nacional deEstudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira –, ou de organismos internacionais -Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Além desta questão, nos mesesfinais de 2015 e os iniciais de 2016 eclodiu o levante de alunos insatisfeitos com as escolhas depolíticas públicas para o campo educacional. Para enfrentar a sublevação dessas personagensprodutoras de tensões no campo escolar, estâncias federais e estaduais reorganizaram aspráticas escolares a fim de acalmar os insurgentes. Para tanto, foram orquestradas mudanças,estampadas pelo discurso da reforma e da novidade, em que o exercício do diálogo e dademocracia foi propiciado por meio da participação em sites governamentais ou por pesquisasde opinião. No diálogo entre Michel Foucault e Gilles Deleuze em “Os intelectuais e o poder”,este afirma a tolice e a hipocrisia das reformas, sempre realizadas por outros que não aquelesa quem concernem; um modo de ser do poder instaurado em reprimir demandas, levantes esublevações que questionam a totalidade e a hierarquia desse poder: aqui, as atuais reformaseducacionais que buscam deslegitimar discursos e tornar infames corpos que se chocam, inflamam, explodem o modelo escolar em vigência.
Texto completo:
PDF