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O texto se interessa pelo constante fluir do ambiente escolar e atenta aos movimentos emtorno dos modelos de formação continuada propostos aos docentes nas escolas. Discute osmodelos de formação docente a partir das noções de sujeito apresentadas pelo filósofo MichelFoucault no curso “Hermenêutica do Sujeito” e aponta para o cuidado de si como umaferramenta conceitual capaz de vir a permitir lacunas, espaços vazios e possibilidades decriação.  Sua convocação é feita para este texto como guerreiro para enfrentar conceitos quese colocam quase como hegemônicos na formação docente, a saber: prática, reflexão,pesquisa, boa conduta ou conduta exemplar. A partir do jogo entre estas expressões umaperspectiva se abre para um campo de pensamento na qual o sujeito e a verdade e, atémesmo, a relação entre eles, só é possível por meio de um trabalho sobre si mesmo cujoresultado não pode ser estabelecido, calculado e desenhado com exatidão. Talvez haja umapotência nessa imprecisão formativa, o que não significa que esse trabalho ou essa formaçãopossam ser feitos de qualquer jeito ou na ausência de um planejamento. Pelo contrário, umárduo trabalho nos é solicitado quando desafiamos o desconhecido.